quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pares de Equilíbrio ou Orixás Complementares


Pares de Equilíbrio ou Orixás Complementares

“Par de equilíbrio”, ou Orixá par, é o par complementar. A compreensão desse conceito se faz a partir da referência da natureza e seus aspectos mais sutis. É fundamental que haja com a mesma intensidade a reverência e o culto aos Sete Orixás para que tenhamos equilíbrio em todas as áreas de nossas vidas.
Nos arquétipos de pares de equilíbrio sobressairá a característica do Orixá que for o primeiro ou dominante.






Xangô e Iansã

Sendo um dos pares de equilíbrio, na Umbanda, seus regidos (filhos) tem como característica
principal  o  intelecto  bastante  desenvolvido.  Somando  um  equilíbrio  entre  um  raciocínio  metódico, organizado de poucas palavras (Xangô) a velocidade de vários conceitos unificados (Iansã) resultam numa cabeça fértil e bem direcionada, com grande capacidade de discernimento.

O racional é muito presente e constante, podendo levar para seus regidos alguns problemas
no  campo  amoroso,  transformando  com  facilidade  sentimento  em  argumentos  metódicos.  Isto não Influência dos Orixás Sobre Seus Filhos significa em absoluto que os regidos por Xangô e Iansã estejam fadados a serem infelizes no amor, mas que podem  ter  problemas  nesta  área  se  permitirem  o  desequilíbrio  entre  essas  forças,  e principalmente  se  cultuarem  apenas  eles,  lembrando mais  uma  vez  a  importância  da  reverência  e culto aos sete Orixás igualmente para que tenhamos equilíbrio em todas as áreas de nossas vidas.

De maneira geral, a vida para estes filhos tem que ser sempre bem dosada em todos os sentidos. É assim que são felizes.

A frase deste filho é: “Tudo em exagero me faz mal.” Outra frase: “A sua felicidade não pode  se basear no meu sofrimento”. 

Neste caso é bastante difícil falar em desequilíbrio, já que são pares perfeitos, ou seja, se complementam, mas se houver excesso de vibração de Iansã (raciocínio rápido), por exemplo, pode haver congestionamento de ideias, se for de Xangô, o filho pensa, pensa, mas não age. 

Mas ele diria: “Quem sou eu?” Isto no caso de estar com excesso de vibração de um dos dois Orixás, porque no regido por Xangô e Iansã há uma influência direta no intelecto da pessoa no nível das ideias, consequentemente questionamentos generalizados.

Para se resolver esse desequilíbrio é importante a harmonização com todos os demais Orixás.

 
 





Xangô e Oxum

 

Aqui encontramos a combinação do racional com o sentimento (emocional).

Devido à influência na contenção de palavras (Xangô), e a profusão de emotividade (Oxum), os  regidos  por  estes  Orixás  tendem  ter  uma  vida  mais  contida,  do  tipo  “sofrem  calados”,  dando espaço  para  que  outras  pessoas  se  intrometam  ou  se envolvam  em  sua  vida,  e  eles,  para  não criarem desarmonia ou baterem de frente, permitem esta intromissão, porém sofrem com isto.

Não costumam expor abertamente seus sentimentos. Em português claro, tem dificuldade em “chutar o balde”. Isto pode acontecer tanto no campo familiar, quanto no amoroso.

A frase deste filho é: “Eu sofro calado para não criar um ambiente desarmônico”. Outra frase: “Minha família é uma “pedra” que eu carrego.”.

Em excesso de vibração a frase seria: “Eu estou fazendo, mas tenho certeza que isto não vai  dar certo”.

Se o excesso for de vibração de Xangô, a pessoa tenderá a não permitir que seus sentimentos fluam (racionalização de sentimentos). Se for de Oxum, tenderá a sofrer, mas sem que as pessoas percebam.

Para se resolver esse  desequilíbrio  é  importante  a harmonização  com  Iansã  que  trará flexibilidade às ideias e conceitos de Xangô e com Oxóssi que dará equilíbrio fisiológico afastando a angústia gerada pela contenção do sentimento de Oxum.

 

Xangô e Iemanjá

Grande capacidade intelectual (ênfase dos dois).  Domínio sobre os bens materiais, administração. Boa capacidade de articulação para liderar um ambiente, mas precisa tomar cuidado para não ser manipulador (jogar com as pessoas em benefício próprio).  São pessoas de visão futurística, que vêem lá na frente.  São políticas. São pessoas normalmente com grande autoconfiança. Confiam no seu “taco”. 

A frase deste filho é: “Será que só eu estou vendo isto? Será que ninguém percebe?” Outra...

“Não preciso me esforçar muito, pois as coisas  virão  naturalmente  desde  que  eu  “manipule”  os elementos corretamente. E isto eu sei fazer como ninguém.”

Com excesso de vibração, a frase será: “O mundo está em liquidação, eu compro!” Trata-se da conjugação do “poder” de Xangô com a “majestade” (poder de sedução – no sentido de sugestão, indução) de Iemanjá. Em resumo, o “perigo” aqui é que se torne uma pessoa com falta de humildade e soberba. 

Para se resolver esse desequilíbrio é importante primeiro a harmonização com Iansã que trará flexibilidade  às  ideias  e  conceitos  de  Xangô  e  com Ogum  que  trará  energia  produtiva  de  ação  a energia de acomodação absorvida em excesso de Iemanjá.

 




 
Ogum e Iansã

 Aqui encontramos a combinação da iniciativa (Ogum) com a fluência de ideias (Iansã). São  pessoas  que  normalmente  têm  atitudes  antes  do  raciocínio,  ou  seja,  agem  antes  de  ponderar, são intempestivos devido um conceito “precipitado” e muito veloz das coisas.

Quando algo os incomoda reagem violentamente, assim como quando algo os comove ou os deixa indignados, também reagem intempestivamente.

Por outro lado são pessoas que nunca se deixam abater. Não temem a nada, nem a ninguém.

São incansáveis e isto pode gerar uma fadiga de corpo ou de mente, ou dos dois.

 Claro  que  tudo  isto  está  ligado  à  formação  moral  da  pessoa,  assim  como  em  todas  as  demais combinações  de  cada  Orixá,  mas  neste  arquétipo  isto  se  faz  mais  importante,  pois  uma  pessoa  de formação  mais  rude,  será  mais  agressiva  prejudicando  sua  vida  material,    que  se  relacionar  com elas pode se transformar em andar em “campo minado”.

Já pessoas que tenham uma formação mais elaborada terão um maior controle sobre as suas

atitudes, utilizando a determinação de Ogum e  o fluxo de idéias de Iansã em grande produtividade, tornando-se pessoas vencedoras na vida material.

Não estou me referindo a cultura, mas a formação familiar e moral.

 

A frase deste filho é: “Vou conseguir custe o que custar”. Outra frase: “Eu tenho certeza que o mal não me atingirá”.

Em  desequilíbrio,  ou  seja,  com  excesso  de  vibração,  a  frase  será: “Passo  sim  por  cima  de você,  para  conseguir  o que  quero. E  eu  quero  agora”!  O  sentimento imediatista,  do  “agora”,  do  “já” toma conta da pessoa.

Para  se  resolver  esse  desequilíbrio  é  importante  primeiro  a  harmonização  com  Iemanjá  e Xangô,  onde  Iemanjá  conduzirá  produtivamente  a  energia  de  Ogum  e  Xangô  colocará  método  e organização a profusão de ideias de Iansã.

 




Ogum e Oxum

 

  aqui  encontramos  a  combinação  da  iniciativa  (Ogum)  com  a  profusão  de  sentimentos
(Oxum). O que pode gerar paixão e fortes emoções. 

Geralmente  os  regidos  por  Ogum  e  Oxum  são  pessoas  com  grande  capacidade  de  sedução, principalmente por parte dos homens. Conquista (não somente amorosa) através da sedução (lábia) tendo  que  ter  cuidado  para  não  viver  os  dois  extremos  (excesso  de  doçura  ou  excesso  de arrogância),  salvo  a  combinação  com  Oxum  Diapandá  que  promove  um  maior  equilíbrio  por  causa das forças de Iemanjá, que é o Orixá de equilíbrio de Ogum.

A frase deste filho é: “Nem tanto ao mar, nem tanto a terra”.

Em excesso de vibração a frase/ato será: “Quebro tudo, depois sento e choro”.

Para  se  resolver  esse  desequilíbrio  é  importante  primeiro  a  harmonização  com  Iemanjá  e Oxóssi,  onde  Iemanjá  conduzirá  produtivamente  a  energia  de  Ogum;  e  Oxoce  dará  equilíbrio fisiológico afastando a angústia ou depressão gerada pelo desequilíbrio do sentimento de Oxum que habitualmente interfere no físico da pessoa.

 





Ogum e Iemanjá

 

Aqui encontramos outro par complementar na Umbanda. 

Unindo-se  a  persistência  (Ogum)  e  a  busca  pelo  conforto  e  bens  materiais  (Iemanjá),  são pessoas  normalmente  reconhecidas  no  meio  profissional  por  sua  determinação  e  obtenção  de resultados.  É  o  par  que  está  mais  ligado  ao  profissionalismo,  pioneirismo  e  transformações  de conceitos.

A frase deste filho é: “Pra mim não existem portas fechadas”.

Embora pares perfeitos, se com excesso de vibração a frase seria: “Faço sim e daí? E ai de quem me cobrar”.

Para se resolver esse desequilíbrio é importante a harmonização com todos os demais Orixás.

 

 

Umbanda – Mitos e Realidade

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Oxóssi e Iansã

 

Aqui  encontramos  a  combinação  da  expansão  (Oxóssi)  com  a  liberdade  (Iansã),  a  rapidez (Oxóssi) com a velocidade (Iansã), a realização (Oxóssi) com as ideias (Iansã).

Exemplificando  teríamos  a  rapidez  de  raciocínio,  fluência  de  ideias  (Iansã)  e  a  capacidade  de realização e de trabalho de Oxóssi.

O raciocínio rápido, com colocações às vezes precipitadas (Iansã), unindo-se ao planejamento
de  Oxóssi  faz  com  que  a  pessoa  reveja  o  que  disse  ou  fez.  Os  homens  regidos  por  esses  Orixás devem  tomar  cuidado  para  não  parecerem  indecisos  e sem  palavra,  pois  na  mulher  é  socialmente mais aceito a mudança de ideias. Até porque muitos confundem flexibilidade com indecisão. 

Devem ter cuidado para não chegar à fadiga mental, por que a energia de Oxóssi conjugada com a velocidade  de  raciocínio  de  Iansã  proporciona  um  “pensar”  constante,  e  por  isso  a  mudança  de ideias. 

Dificilmente  conseguem  relaxar,  pois  precisam  se  isolar  para  isto.  São  pessoas  com  grande capacidade de realização.

 

A frase deste filho é: “Sei que será difícil, mas eu certamente conseguirei o que desejo”. Outra
frase: “Eu me dou o direito de mudar de ideia”.

Com  excesso  de  vibração  a  frase/pensamento  seria:  “Nunca  chego  a  lugar  nenhum.  Ando, ando e não me acho, penso, penso e não chego a uma conclusão”.

Para  se  resolver  esse  desequilíbrio  é  importante  primeiro  a  harmonização  com  Oxum  e

Xangô, onde Oxum traria o equilíbrio emocional, a calma e serenidade ânsia de realização de Oxóssi e Xangô o método e a organização às ideias de Iansã.

 



Oxóssi e Oxum

 

Outro par de equilíbrio na Umbanda, é o par mais fecundo no que diz respeito a realização de
coisas novas. Unindo-se as águas de Oxum aos vegetais de Oxóssi, temos grande fertilidade.

Pioneiros, criativos, formadores de opinião, conseguem ter grande quantidade de seguidores,
mas para isto passam por grandes dificuldades, mas obtém sempre o que almejam, desde que seu objetivo seja justo e honesto e em prol de comunidades ou interesses comuns (grupos).

Os  regidos  por  esses  dois  Orixás  tem  sempre  em  mente  o  grupo,  a  comunidade,  o  trabalho  a  ser desenvolvido deve sempre ser pensado em termos de grupo.

A frase deste filho é: “Meus interesses não podem atrapalhar os interesses comuns”.

Com excesso de vibração, ele diria: “Ah puxa vida (lamurioso)... eu não consegui”.

Para se resolver esse desequilíbrio é importante a harmonização com todos os demais Orixás.

 

 


Oxóssi e Iemanjá

 

Grandes conquistadores de fortuna ao longo da vida, pois aqui ocorre a união entre a grande
capacidade de trabalho com as aspirações materiais. 

Entretanto,  podem  transformar-se  também  em  perdedores  desta  fortuna,  se  não  souberem dosar a grande capacidade de trabalho de Oxóssi com a abundância de Iemanjá (mão aberta). 

Devem  ter  cuidado  com  os  casamentos.  Esse  par  não  é  muito    de  sociedades  pessoais, preferindo sociedades grupais, onde sua capacidade de liderança sobressairá.

A frase deste filho é: “O trabalho enobrece o homem”.

Em excesso de vibrações a frase será: “Quero mais, sempre mais. Toda riqueza é pouca pra
mim”.

Para se resolver esse desequilíbrio é importante primeiro a harmonização com Oxum e Ogum,
onde  Oxum  dará  imporá  limites  a  necessidade  expansão  de  Oxóssi  e  Ogum  trará  estratégia  as aspirações materiais de Iemanjá.

 

Observações Sobre a Forma de Regência do Orixá Omulú

 

Levando-se  em  consideração  que  o  Orixá  Omulú    tem  o  seu  próprio  equilíbrio  (Terra),  a
regência  acontece  normalmente  de  forma  separada,  ou  seja,  Ele  rege  em  paralelo  com  o  Orixá  “feminino” e não em entrelaçamento ou conjunção como os outros Orixás.

Podemos ver uma melhor “combinação” com Oxum, pois das três Iabás (Orixás femininos) é a
que tem maior afinidade com todos os Orixás, pois é a Orixá do equilíbrio emocional.

Uma  das  grandes  bênçãos  que  os  regidos  pelo  Orixá  Omulú  recebem  é  de  estarem  imunes  a trabalhos de magia, em função de Omulú ser o grande Mestre Magista Universal, independentemente da  Iabá  que  estiver  “combinado”.  O  que  irá  influenciar  fortemente  nesta  “proteção  adicional”  é  o quanto de caridade este filho fará ao longo de sua vida.

 


 
Omulú e Iansã

 

Geralmente são pessoas que passam por grandes e fortes transformações (tanto de ordem material - Iansã, quanto espiritual - Omulú) durante toda a vida, sendo elas geralmente relacionadas a perdas físicas, mudança de religião, sempre envolvendo questionamentos profundos, com altos e baixos.

O que há de forte nessa regência é a diferença de tempo das coisas. Omulú é de energia lenta e de consciência, pois a sua regência (influência) envolve mudanças e transformações de ordem espiritual e  Iansã  é  energia  rápida  pois  a  sua  regência  (influência)  envolve  as  mudanças  de  ordem  material.

Isso pode gerar na pessoa uma espécie de angústia por não estar conseguindo “resolver” ou “fazer” o que “sente que precisa ser feito”.

 São  pessoas  com  frequentes  mudanças  de  humor  e  grande  dificuldade  de  definição
profissional.

A frase deste filho é: “Sempre me falta alguma coisa”. Outra... “Nunca estou satisfeito”.

Em  excesso  de  vibração  a  frase  seria:  “O  que  estou fazendo  aqui?  O  que  sou  eu?”  =  Crise  de identidade.

Para se resolver esse desequilíbrio é importante primeiro a harmonização com Xangô que colocará método e organização aos questionamentos gerados pelo excesso de energia de Iansã; com Oxum e Oxóssi que trarão equilíbrio emocional e fisiológico a angústia gerada pela incapacidade de decidir e realizar re-energizando o corpo físico também. Depois a harmonização com todos os demais Orixás.

 


 
Omulú e Oxum

 

São forças bastante ligadas, lembrando que as águas de Oxum correm na terra de Omulú. 

Geralmente são pessoas místicas, que tem a sua mediunidade aflorada na tenra idade e que
passam  por  muitas  dificuldades  afetivas,  tanto  no  âmbito  familiar  quanto  amoroso.  Geralmente aparentam mais idade do que tem. 

São pessoas de grande fé, independentemente de religião. 

A frase deste filho é: “Estou sofrendo, mas a minha fé irá superar todas as dificuldades.”

Com  excesso  de  vibrações  a  frase  seria:  “O  que  eu  fiz  pra  merecer  isto?  Eu  devo  ter  sido muito ruim em outra encarnação pra merecer isto.”

Para  se  resolver  esse  desequilíbrio  é  importante  primeiro  a  harmonização  com  Oxóssi  que trará um sentido de realização e energia de trabalho. Depois com todos os demais Orixás.



 
Omulú e Iemanjá

 

São  forças  (energias)  antagônicas,  pois  enquanto  a energia  de  Omulú  está  voltada  para  os bens espirituais e consciência kármica, a de Iemanjá está voltada para os bens materiais. 

Se pensarmos em termos de natureza também, a água salgada (Iemanjá) não fertiliza a terra
(Omulú).

Os  regidos  por  esses  Orixás  tendem  a  ter  conflitos familiares  ou  em  qualquer  outro  tipo  de relacionamento. Tendem também ao escapismo, portanto precisam ter grande cuidado com excesso de bebidas, drogas, etc. É necessária uma vida muito correta principalmente em termos espirituais. A palavra chave para isto é a CARIDADE.

A frase deste filho é: “Existe dentro de mim um conflito entre o que desejo e o que preciso”.

Com excesso de vibração a frase seria: “Não sei se vou a festa ou a Igreja”. Indecisão a nível
religioso.

Para se resolver esse desequilíbrio é importante a harmonização com todos os demais Orixás.